terça-feira, 17 de abril de 2012

O que quero ser quando for grande?!

Esta é umas das perguntas mais frequentes que se fazem aos mais pequenos e que eles colocam a si mesmos.
Numa altura como esta, e dado que estou a preparar-me para ser pai, penso que a escolha poderá ser bastante óbvia, mais para as raparigas do que para os rapazes, porque estes ainda têm duas escolhas.

Se olharmos para o estado do nosso país, e também lá para fora, podemos rapidamente perceber que existem algumas diferenças em termos de capacidades de ter um emprego que te dê oportunidade de brilhar e mostrar o teu potencial. Se lá fora se apoiam os actores, se criam condições para os investigadores, se investe em desenvolvimento e tecnologia e se premeia a
competência, cá a única coisa que se vê nessas áreas é manifestações de pobreza, falta de apoios, pessoas com talento a imigrar por falta de oportunidades que lhes são dadas.

Como emigrar agora está fora de questão, para já, e visto que o meu filho (rapaz ou rapariga) vai crescer por cá, o que vou fazer é o seguinte, e ficam aqui algumas dicas para quem quiser que o seu filho tenha um futuro de sucesso.
Se for rapaz, assim que conseguir andar e correr, dê uma bola para os pés e veja se ele tem algo de craque nos movimentos e se tem futuro no futebol. Só se for realmente bom valerá a pena apostar nessa carreira, uma vez que cada vez mais os jovens portugueses são esquecidos em detrimento de
desconhecidos estrangeiros que depois são lançados para grandes clubes. Por isso, caso tenha algum talento, invista nele e pode ser que saia para o estrangeiro e fique com a vida arrumada.

Se não mostrar grandes dotes ou se for rapariga (isto não é uma critica às capacidades futebolísticas das mulheres, mas não rende tanto como nos homens), para se viver à grande neste país, o melhor é colocá-lo bem cedinho numa qualquer Juventude Partidária, rosinha ou laranja de preferência que são esses que passam pelo poleiro, que assim com muito menos esforço e sem fazer nenhum sempre conseguem ganhar uns "grandes" trocos à custa do resto do povinho. E quando não der para mais, sempre se arranja um tacho como presidente administrativo duma empresa qualquer.

Se nenhuma das coisas resultar, tenho esperança que este país já tenha sido agregado a outro e que possamos finalmente utilizar as capacidades internas para fazer evoluir o país e poder mudar o mundo e não exportar o nosso conhecimento e trazer estrangeiros para criar riqueza à nossa custa.

Por isso... Quando eu for grande, gostaria de voltar a ser pequeno e fazer tudo de novo, desta vez no futebol ou na política!

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